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Devo permitir que meu parceiro tenha acesso ao meu celular?

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Essa pergunta é feita, em grande parte, por aquela pessoa que se sente invadida em sua privacidade, seja namorado, noiva ou esposa. E tal atitude é apoiada por um monte de gente com a autoestima baixa, com sentimento de inferioridade e desconfiada. Essas pessoas enxergam no celular uma maneira prática de tentar controlar o outro enquanto reduz sua ansiedade causada pelo medo da perda do parceiro. Como dizem por aí, o ciúme saudável. Que de saudável não tem nada. Ah, André, mas o celular facilita a traição! O que facilita a traição é nos mantermos numa relação que já esfriou por falta de investimentos de uma das partes ou de ambas as partes. Vale também estar com uma pessoa pouco confiável (e que até deixou claro esse “defeito”) por medo de ficar sozinho. Esse medo de perder o outro ou de ficar sozinho provavelmente vem lá da sua infância. Pais que eram frios e distantes, ou mesmo negligentes, fazem com que haja na criança uma sensação horrível de rejeição e abandono. É compreensíve

Os Objetivos Finais do Comportamento Humano são Ganhar e Evitar Perder?

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Nós sempre estaremos nos comportando basicamente para ganhar ou evitar perder. Nosso comportamento tem essas funções. Ganhar está atrelado ao prazer, já perder é desconfortável e pode estar ligado ao perigo, risco de vida. Mas há que se fazer considerações.  Se alguém me diz que a finalidade do sexo é reproduzir, digo que a finalidade do sexo, principalmente atualmente, é ter prazer. Pois, se sua finalidade fosse meramente reproduzir, como ficaria quem não pode ter filhos? Tá, isso não é argumento para dizer que o prazer é o objetivo do sexo? Se fazer sexo doesse para todo ser humano, estaríamos extintos. E assim, ao se aceitar que reproduzir é a finalidade do sexo, esquecemos de que a finalidade de ter filhos é ter prazer com a vinda desse filho, não é estar infeliz, ter desconforto ou sofrer por conta dele. No final das contas, no continuum inseparável da vida, devemos mais ganhar do que perder. O contrário pode representar nosso fim. Então, no mínimo, o produto final do sexo é conce

Por que você não consegue dizer que se ama ou ser amado de verdade?

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  Já parou para pensar quantas vezes você conseguiu expressar seu amor para o outro, sendo que para si mesmo sobrou a frustração de não se achar merecedor de se amar ou acreditar nesse amor-próprio? Você trata alguém com carinho ao ajudá-lo, mas se enche de defeitos, não sendo nenhum pouco compassivo consigo mesmo? Pois é, uma das explicações para isso pode ser a maneira como você foi tratado na infância. Pode ter havido falta de carinho e amor por parte dos seus pais ou dos cuidadores ou mesmo exagero nesse carinho e amor. Você não teve quem lhe desse amor de forma gratuita, sem que fosse preciso fazer algo notável, e cresceu com a ideia de que não deve ser amado simplesmente pelo que é: alguém confiável, ético e honesto. Se não fizer sempre algo bom, admirável as pessoas não devem amá-lo. Você não consegue dizer para si mesmo que é bom o bastante simplesmente por ser ético e honesto, tem que ser mais alguma coisa, ter mais alguma coisa. O problema é que sempre temos a necessidade d

Redes Sociais: Mal ou Bem Necessário?

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O filme Matrix, realizado no final dos anos 1990, é uma narrativa sobre as pessoas não terem controle sobre suas vidas, na verdade são controladas por uma inteligência artificial. Pode-se fazer uma analogia, explícita no próprio filme, quanto a um estar consciente dentro de seu sonho e pouco poder fazer para despertar. Contrariamente, em nossa sociedade atual, ocorre — tamanho é o medo de perder o controle — a tentativa de obter um controle que deve ser exercido sobre todas as coisas. De modo que muitos terminam por se empenharem em controlar a irrealidade, o inevitável e incontrolável, aquilo que nos escapa e definitivamente não se pode, não se consegue — ou nem se quer — mudar, como a velhice, a morte, os erros e os defeitos. Tal como, empenha-se em controlar a realidade por meio do virtual. Talvez por medo de dar de cara com a impopularidade, aquilo que os leve à autorrejeição. O artificial é criado e controlado pelo real, sendo que a diferença aqui é que se tem consciência, discern

Transtorno do Espectro do Autismo: o que fazer depois do diagnóstico?

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SAITECAST PODCAST: Transtorno do Espectro do Autismo: o que fazer depois do diagnóstico? LOCUTOR: Começa agora o SAITECAST! Neste podcast, vamos conversar sobre um assunto muito importante e delicado: O que fazer depois de ter o diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)? Como você, profissional da saúde, comunicaria esta notícia? Eu sou Ana Paula Sousa e hoje nós vamos juntos compreender quais as orientações à família nesse momento. Vamos lá? Para acompanhar a gente, convidamos uma especialista da área: a professora  Bruna Soares Pires. Ela é psicóloga, com foco em Transtorno do Espectro do Autismo.  Olá, professora, seja bem-vinda! Prof.ª Bruna Pires:   Olá, Ana Paula, olá a todos que estão nos ouvindo. Muito prazer, eu sou a professora Bruna Pires e vai ser um prazer contribuir com um tema que é tão importante, mas infelizmente é tão pouco discutido.   LOCUTORA: Professora, quando nós falamos sobre Transtornos do Espectro do Autismo nos cursos da área da

Por que Algumas Pessoas Sentem Raiva por Qualquer Motivo e Custam a se Livrar Dela?

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  Sentimos raiva ao sermos frustrados, rejeitados ou ao estarmos com medo. Imaginemos que um direito seu foi violado ou que você viu que alguém violar o direito do outro. Automaticamente você sentirá raiva, mas uma raiva de curta duração, somente para fazê-lo refletir e agir com a finalidade de reaver o seu direito ou ajudar aquela pessoa que teve seu direito violado a tê-lo disponível novamente.  Se não for possível fazer isso de imediato, saberá esperar até que isso aconteça. Vida que segue. Ao menos esses deveriam ser os motivos e suas consequências. Mas nem sempre é o que nos acontece. Muitas vezes alguém sente uma raiva muito intensa por causas banais e custa a se livrar dela. Isso porque simplesmente alguém demora a entender uma orientação numa recepção e a fila demora um pouco mais a andar. Nesse caso, não foi seu direito que foi violado, mas uma regra criada por aquela pessoa, e que diz respeito somente a ela, foi quebrada. Custa a passar, pois não aprendeu a esperar, sempre

Precisamos Falar Sobre Suicídio

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“E aí, tudo bem com você?” Esse cumprimento é comum, porém, na correria do dia a dia, não percebemos que acabamos nos dirigindo muito mais ao outro, para saber como ele está, do que a nós mesmos. A pergunta que deveríamos fazer com mais frequência é a seguinte: E aqui, está tudo bem comigo? Você já se fez essa pergunta? Se sim, qual foi ou é a resposta? O setembro amarelo traz como tema a prevenção ao suicídio  —  ou autoextermínio, conforme vigora atualmente . Mas como saber se de fato estamos nos prevenindo. Para ser mais exato, o que é ser saudável mentalmente? Basicamente é quando consigo lidar, me relacionar de forma equilibrada comigo mesmo e com os outros. Quando, apesar das adversidades, consigo estar em paz ou com o mínimo de sofrimento possível. Sou capaz de enfrentar situações estressantes, resolver os problemas reais sem ficar me preocupando de maneira improdutiva.  Por exemplo: “posso ficar gravemente doente a qualquer momento”. Essa é uma preocupação improdutiva. Ou seja,